
Poucos são os pets que não gostam de carinhos nas orelhas. Além de muito charmosas e sensíveis aos sons, as orelhas também merecem uma atenção maior quando falamos de cuidado com os pets. Uma das patologias mais comuns entre eles é justamente a Otite, uma inflamação do ouvido que pode ser externa (sendo a mais comum), média e interna. Pode afetar um ou ambos ouvidos.
A otite externa é uma inflamação do tecido que reveste o ouvido externo que passa pelo condutor auditivo e chega ao tímpano. Este é o tipo mais encontrado entre os casos. Já na otite média, a inflamação atinge estruturas como: martelo, estribo e bigorna, sendo considerada uma evolução da fase citada anteriormente. Metade dos cães que apresentam otite externa tendem a desenvolver, com o passar do tempo, uma infecção média.
No caso da patologia interna, a infecção atinge tecidos mais específicos e delicados como a cóclea e o nervo acústico, que possuem uma ligação direta com o cérebro. Considerado o caso mais grave da doença, ela pode ser uma evolução da otite média não resolvida, podendo comprometer a orientação e o equilíbrio do animal.
Assim como toda patologia, a Otite apresenta sinais claros e sintomas que auxiliam o seu reconhecimento até mesmo dentro de casa pelos tutores. Orelhas vermelhas e quentes, coceira excessiva na região, balançar a cabeça constantemente, excesso de secreção com um odor desagradável e até mesmo esfregar as orelhas em outras superfícies como sofás, tapetes e quinas, são sinais claros que apontam a presença da doença, indicando que é hora que consultar um veterinário. O não tratamento desses sintomas pode levar a uma piora.
Estas infecções são causadas principalmente por bactérias, ácaros e corpos estranhos (como presença de água, inseto, matinhos...) porém existem outros fatores que podem facilitar o desenvolvimento da doença, como: alergias, dietas não balanceadas, excesso de limpeza e até mesmo condições anatômicas que causam calor e umidade.
O tratamento da otite crônica envolve uma ampla avalição por parte do veterinário, que pode optar por apenas retirar um corpo estranho presente ou realizar diversos exames para descobrir a origem do problema. Em sua maioria, pode ser tratada com antibióticos e limpezas com soro. Para prevenir a patologia, é recomendado um cuidado maior com as orelhas na hora do banho (impedindo a entrada de água), não cortar e nem retirar os pelos da orelha e, sempre ficar atento a qualquer movimentação estranha do seu pet.
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