A adoção segura vai muito além de escolher um novo melhor amigo e levá-lo para casa. Na hora de adotar é necessário pensar no bem-estar do animal e da família que vai receber. Principalmente no caso dos animais com deficiência. Muitos não calculam o quanto sua vida vai mudar e como estes animais precisam de atenção e cuidado. Aqui no Cãodeirante temos um informativo que conta um pouco mais sobre o dia a dia dos cães cadeirantes e os principais cuidados.
Pensando em tudo isso, a adoção segura é um movimento amplo e que exige tempo e paciência. Animais que vivem em abrigos ou que são resgatadas trazem consigo histórias, traumas e medos que muitas vezes nem imaginamos e isso deve ser sempre levado em consideração. Por isso, separamos o passo a passo de como adotar um animal de forma responsável e que traga alegria para os dois lados.
1º A decisão – Decidir adotar um animal deve ser algo pensado e repensado diversas vezes. Converse com os seus familiares e todos que dividirão com você essa responsabilidade. Certifique-se de que todos estão de acordo e cientes das necessidades do animal. Pesquise bastante: o dia a dia, os cuidados e, até mesmo, os valores gastos para os cuidados do cão. Pets, assim como os filhos, dão gastos e eles devem ser calculados e inclusos nas despesas antes do animal chegar.
2º A escolha – Sabemos que estes animais conquistam nossos corações só com um olhar, quase como um amor à primeira vista, porém, a escolha do seu novo amigo é a parte mais importante de todo o processo. Como citamos anteriormente, cada animalzinho tem as suas necessidades, características e temperamentos. Alguns se dão melhor em ambientes maiores, outros se adaptam facilmente em uma casa menor ou apartamento. Alguns precisam da companhia de outros animais, outros não se dão bem com outros pets. No caso dos animais com deficiência, há ainda mais variantes que devem ser consideradas e avaliadas, como disponibilidade de rotina, companhia e tempo destinado ao animal.
3º A adaptação – A adoção segura exige que haja um tempo de adaptação entre o pet e a nova família, principalmente no caso dos animais com deficiência. Essa fase deve ser feita com calma, paciência e de modo gradativo. O animal pode começar passando alguns fins de semana com a nova família, depois algumas semanas, para só então ficar definitivamente na nova casa. No caso dos cadeirantes, este período é ainda mais necessário para que o tutor entenda as necessidades do animal e tire dúvidas sobre como esvaziar a bexiga e o intestino do pet, por exemplo. Estes animais exigem aprendizado e maior disponibilidade, e é durante a adaptação que a família saberá se consegue suprir essas necessidades e criar uma rotina nova.
4º O aprendizado constante – Depois que o animal já está instalado no seu novo lar, o aprendizado é constante e permanente. E a paciência e o carinho também devem ser. Assim como ele está se adaptando à sua casa e a suas regras, você também precisa se adaptar a ele e ao seu modo de ser. Entenda que o animal late, brinca, faz xixi, rosna... e tantas outras coisas. No começo, pode parecer difícil, mas com o tempo, os dois entenderão o que o outro precisa e se tornarão inseparáveis. Busque sempre o apoio e suporte da ONG em que você adotou, encontre um veterinário de confiança e conte com a ajuda de adestradores, caso necessário.
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