A fisioterapia canina, assim como a humana, garante uma melhor qualidade de vida, ajuda no controle da dor, auxilia nos movimentos e fortalece a musculatura e a articulação dos pacientes. Dessa forma, o tratamento se torna indispensável para os animais com deficiência. Eficaz para inúmeras patologias, esses exercícios podem até recuperar movimentos perdidos de forma recente por traumas ou pelo efeito de doenças.
Quando falamos de animais abandonados devido a alguma deficiência, um dos grandes desafios na recuperação é fazer com que eles se sintam confiantes para se adaptar às mais diversas atividades na sua reabilitação. É neste ponto que (também) entra a fisioterapia. “Forçar” para que o animal se arrisque, levante e entenda que pode realizar suas atividades é mais um ganho que a prática oferece.
Segundo especialistas, os animais com deficiência, lesões, recém-operados ou com doenças crônicas, devem fazer exercícios ao menos três vezes na semana, seja com um profissional ou dentro de casa com o tutor. Lembrando que cada caso é um caso e as particularidades do animal devem ser respeitadas.
Mas como fazer esses exercícios em casa? Quais exercícios devo colocar em prática? Existem alguns aspectos da vida diária dos nossos animais que podem ser melhoradas para que seu desempenho e recuperação sejam eficientes, graduais e saudáveis. Separamos aqui 5 movimentos que podem ser feitos em casa com o objetivo de auxiliar no tratamento e bem-estar desses animais.
1- Alongamento
Realizar os alongamentos diariamente fortalece a musculatura do animal, principalmente dos cadeirantes, que não movimentam nem colocam força nesta região. Com o animalzinho deitado, pegue as patinhas e estique ao máximo e segure de 15 a 20 segundos.
2- Exercícios passivos
Esses exercícios devem ser realizados pelo tutor, sem que haja esforço ou dor por parte do animal. Para fazê-los, devemos flexionar e estender as articulações lentamente e ao máximo, sem forçar. Segurando as patas com as mãos, tanto por cima como por baixo da lesão. Esta técnica reduz a atrofia muscular, aumenta a drenagem venosa e linfática, diminui a rigidez articular e previne as contraturas musculares.
3- Massagem
A massagem auxilia principalmente no favorecimento da circulação sanguínea do animal, estirando os tendões, reduzindo o acúmulo de líquido e diminuindo possíveis dores. Uma forma bem simples e suave de fisioterapia, a massagem deve ser feita pelo tutor. Usando as pontas dos dedos e as mãos, realize leves toque na pele do animal, sempre com movimentos em direção ao coração promovendo a circulação.
4- Exercícios ativos
Esses são movimentos que dependem do paciente para serem realizados, ou seja, é preciso que o animal faça esforço. Assim, o tutor pode realizar um movimento e esperar que o animal responda. Um exemplo é o movimento de contração das patinhas traseiras. Basta puxá-las para frente e deixar que o animal faça o movimento de voltar para o lugar. Esses aparatos ajudam na sustentação de animais com dificuldade para ficar em pé.
5- Exercícios estabilizadores
Esses exercícios, quando utilizados em conjunto com a massagem e os movimentos passivos, trabalham principalmente a reabilitação muscular do animal. O tutor deve colocar o animal de pé, com as patinhas traseiras apoiadas em uma superfície mais alta, como um livro por exemplo. Depois, force o movimento para que o animal se sente. Repita este movimento por pelo menos 5 vezes.
Vale lembrar mais uma vez que os exercícios variam de acordo com as condições clínicas e possibilidades do seu animal. Sempre consulte um profissional e tenha certeza de que está realizando os movimentos corretamente.
Outro benefício da fisioterapia é o gasto de energia para os cães com dificuldades motores e neurológicas. Dessa forma, o animal se manter em movimento, ativo e com muita energia.
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